Já aqui tínhamos comentado esta triste notícia: O Hospital de Braga assumiu «erro humano» na programação do equipamento utilizado no tratamento de fototerapia de uma mulher de 61 anos, que acabou por morrer poucos dias após o tratamento.
Curiosamente, antes, um alegado responsável do hospital (director clínico) terá dissertado algo deste género: Fernando Pardal apenas garantiu que o hospital iniciou “um processo de averiguações interno com carácter de urgência”. Mas frisou, em declaração pública e baseado em “informações preliminares de um processo que será mais longo”, que “não houve, em nenhum momento, esquecimento de doente em qualquer tipo de equipamento do hospital”.
Errar é humano. Mas, trabalhar tendo como objecto pessoas, deve implicar um elevado grau de responsabilidade. Não pode ser gerido de forma leviana. O branqueamento da morte de um cidadão, ainda que por erro ou incidente, é um acto leviano. Não se compreende que exista Ministério Público em Portugal, e este órgão não pareça ter qualquer intervenção.
Pelo menos, é o que parece: De acordo com o que se vier a apurar, poderá ser instaurado um processo de natureza disciplinar ou então ser feita uma participação ao Ministério Público.
O que será preciso para que exista a intervenção do Ministério Público? Uma escuta telefónica a um político?