Sunday, October 28, 2012

Total desprezo pelos cidadãos

Já aqui tínhamos comentado esta triste notíciaO Hospital de Braga assumiu «erro humano» na programação do equipamento utilizado no tratamento de fototerapia de uma mulher de 61 anos, que acabou por morrer poucos dias após o tratamento.

Curiosamente, antes, um alegado responsável do hospital (director clínico) terá dissertado algo deste géneroFernando Pardal apenas garantiu que o hospital iniciou “um processo de averiguações interno com carácter de urgência”. Mas frisou, em declaração pública e baseado em “informações preliminares de um processo que será mais longo”, que “não houve, em nenhum momento, esquecimento de doente em qualquer tipo de equipamento do hospital”.

Errar é humano. Mas, trabalhar tendo como objecto pessoas, deve implicar um elevado grau de responsabilidade. Não pode ser gerido de forma leviana. O branqueamento da morte de um cidadão, ainda que por erro ou incidente, é um acto leviano. Não se compreende que exista Ministério Público em Portugal, e este órgão não pareça ter qualquer intervenção.

Pelo menos, é o que pareceDe acordo com o que se vier a apurar, poderá ser instaurado um processo de natureza disciplinar ou então ser feita uma participação ao Ministério Público.

O que será preciso para que exista a intervenção do Ministério Público? Uma escuta telefónica a um político?