Correia de Campos parece que ainda é deputado em Estrasburgo. Correia de Campos deixa de ser funcionário público no activo. Correia de Campos, de forma sempre abrasiva, deixa um conjunto de ideias confusas e controversas, a propósito da Maternidade Alfredo da Costa:
- O ex-ministro da Saúde Correia de Campos defende que os partos realizados no Hospital São Francisco de Xavier sejam transferidos para a Maternidade Alfredo da Costa.
- O ex-ministro manifesta-se frontalmente contra o encerramento da MAC.
- “A MAC é um modelo de alta qualidade mas insustentável no futuro. A integração em hospital central é lógica e evidente, não o fecho. Todo aquele edifício deve ser integrado no Hospital de Todos os Santos. Até lá a MAC deve ficar onde está”
- “Reconverter as instalações ótimas do S. Francisco Xavier para outras áreas”, como a oncologia.
- O ex-ministro lembra ainda, para sustentar a sua opinião, que o serviço de saúde privado “se está a sentir” com a crise e que, provavelmente, a franja de 35 por cento de partos realizados no privado vai regressar ao setor público.
- “Não falta dinheiro. O Governo português tem que encontrar meios, tem que saber que o encargo de seis ou sete hospitais será superior a um novo e tem que aproveitar os fundos comunitários e não desperdiça-los, deitá-los fora, como fez com a Parque Escolar”.
- Embora sublinhe que “nem todos os exercícios de planeamento tenham sido bem feitos”, Correia de Campos não tem dúvidas de que se “justificava” a construção da maternidade do Hospital de Loures, até porque vai “drenar as grávidas de Mafra”.
Sinceramente, parece que a jubilação de Correia de Campos vem no momento certo. A dúvida é um importante companheiro da ciência. Embora, a dúvida é inimiga de um gestor de recursos. Ao ver tanta dúvida e caminho transversal, fácilmente se percebe o estado comatoso do chamado SNS. E Correia de Campos não foi dos piores Ministros da Saúde.