Wednesday, May 23, 2007

A (in)sustentabilidade do SNS: outra vez!

Por aqui, vamos insistindo na temática da "quadratura do círculo" do SNS. Ou seja, da maneira que o SNS é gerido, não há dinheiro que chegue para o aguentar!

O Prof. Correia de Campos, com todas as virtudes e defeitos, percebe o problema, mas "empurra com a barriga": encerra SAP's (onde nem quer entrar), encerra maternidades, encerra urgências, aumenta taxas moderadoras, e, entre outros, desinveste nas infraestruturas dos hospitais.

Não chega, Senhor Ministro.

Os políticos, antes de tomarem decisões, vão mandando "recados" através dos media:
  • Correia de Campos admite a hipótese de serem solicitadas contribuições aos utentes para poder garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
  • Entre as medidas equacionadas pelo ministro da Saúde, conta-se nomeadamente a possibilidade de acabar a isenção de taxas moderadoras para todas as crianças até aos 12 anos.

Não vai chegar, Senhor Ministro.

Enquanto a hiper-concentração hospitalar em Lisboa, Porto e Coimbra, persistir; enquanto a prescrição medicamentosa não tiver controlo; enquanto a prescrição de meios complementares de diagnóstico for descontrolada; enquanto não existir real responsabilidade de gestão, nos principais sectores do SNS; Senhor Ministro, não há possibilidade de melhorar a sustentabilidade do SNS.

O tempo, o confirmará! Mais impostos, NÃO.