Durante décadas, o retalho farmacêutico viveu faustoso. Durante décadas, os detentores de uma farmácia, limitavam-se a levar o dinheiro da caixa registadora, não se preocupando com as entradas e saídas de capital, tal era a bonança.
O negócio realizado com o principal cliente, o Estado (e por esta via, o Contribuinte), falhou, porque o Estado está falhado. Agora, faz-se a missa: Duas em cada cinco farmácias tinham fornecimentos suspensos, em Junho deste ano, e mais de 600 podem estar em situação de ruptura, uma situação que a ANF considera de «catástrofe», exigindo medidas rápidas do Governo para salvar o sector.
Como a vergonha não tem preço ou valor, depois dos milhões de lucros acumulados ao longo de décadas, pede-se o apoio do Estado, e por esta via, do Contribuinte, quando existem mais de um milhão de desempregados, e quando as filas de emigração se alargam.
Que topete!
O Estado, através da gestão do Ministro Paulo Macedo conseguiu alguns resultados: Reconhecendo que o Ministério da Saúde conseguiu bons resultados com a sua política de medicamento, nomeadamente o aumento do consumo e a redução da despesa do Estado e do beneficiário, João Cordeiro considerou que agora é «urgente que o Governo encare com frontalidade a gravíssima situação das farmácias».
O que devem fazer os farmacêuticos, donos de farmácia, deverá ser o mesmo que fez o Dr. Paulo Macedo. Baixar a cilindrada do parque automóvel. Baixar o luxo no interior de cada farmácia, que afinal dizem que é um serviço de saúde público. Frequentar uns cursozinhos de gestão doméstica, isto é, procurar não gastar mais do que recebem, como faz qualquer cidadão. E reencontrarão o caminho da eternidade. Se não o fizerem, aumentarão o número crescente de falidos.