Portugal vive uma eventual nova fase da sua longa vida. Quem sabe, a última. Contudo, ainda dá sinais de viver no Império. Como é possível, ainda existir um hospital militar por cada ramo das Forças Armadas? Entretanto, parece que querem mudar mais um luxo do passado: O pólo de Lisboa resultará da fusão entre o Hospital da Marinha (perto do Campo
de Santa Clara, em Lisboa), do Hospital Militar Principal (na Estrela), do
Hospital Militar de Belém e do Hospital a Força
Aérea (Lumiar). Estes hospitais serão, a partir de sexta-feira (data de entrada
em vigor deste diploma) extintos.
Pequenos passos lentos: "Este processo de reestruturação hospitalar é um eixo essencial da política de
saúde a desenvolver no âmbito militar", diz o Governo no diploma, dando um
máximo de dois anos para se efectivar a fusão. Durante estes 24 meses, a
direcção do pólo de Lisboa terá de nomear os chefes dos serviços hospitalares do
Lumiar, planear e conduzir a transferência dos recursos humanos e materiais dos
outros hospitais, fazer o levantamento das necessidades inerentes à fusão e
estimar os custos envolvidos, elaborar as propostas de regulamentos e assegurar
a direcção dos hospitais que serão extintos.
A não ser que a falência do país, imponha celeridade, daqui por 24 meses, ainda estará tudo na mesma, apenas com a mudança do nome do novo hospital. Cosmética!