Portugal vive a ignomínia da perda de soberania. O desemprego é galopante. A pobreza aumenta. A emigração volta a ser imensa. Entretanto, há gente que quer escapar incólume, demonstrando mesmo sem vergonhice: Assim, os sindicatos (médicos) não aceitam a proposta do Governo de 2400 euros como
salário-base, porque "metade" são para impostos e não pagam o "sacrifício" do
trabalho na Urgência, contrapropondo com uma remuneração de três mil euros.
Como? Os médicos pagam metade do que ganham em impostos? É muito, concordamos. Mas, os outros cidadãos pagarão menos? Não. Apenas, os outros cidadãos têm vergonha na cara. Quanto aos sindicatos médicos, parece que querem que os médicos sejam diferentes dos outros. Pois é, no "Animal farm", de George Orwell, havia "All animals are equal, but some animals are more equal than others".
Contudo, estes mesmos Sindicatos, que querem fazer dos médicos a excepção, perante os restantes cidadãos, querem a igualdade absoluta entre eles: Ao que o CM apurou, os sindicatos querem que o valor do suplemento seja
integrado na remuneração-base e não uma compensação para as horas feitas na
Urgência. Segundo os sindicatos, se esse valor fosse pago como suplemento não seria
recebido pelos médicos de família, que não fazem Urgências, e isso seria
"injusto".