- Dados da Ordem dos Médicos (OM) avançados à agência Lusa indicam que em 2008 estavam inscritos 39.473 médicos, dos quais 3.736 eram estrangeiros, número que subiu para 3.842 (de um total de 40.664) em 2009 e para 3.937 (de 42.031 registados) em 2010.
- A grande maioria é oriunda de países da União Europeia, principalmente de Espanha, e tem vindo a subir: em 2008 eram 2.355, número que subiu para 2.382 em 2009 e para 2.426 em 2010.
- Também o número de médicos brasileiros tem vindo aumentar, passando de 562 em 2008, para 621 em 2009 e 657 em 2010.
- Estavam ainda registados, em 2010, em Portugal 238 médicos de países europeus (fora da UE), cinco africanos, 18 asiáticos, dois australianos e 21 da América do Norte.
- Uma fonte da OM explicou que o facto de os médicos estarem registados em Portugal não significa que estejam todos a exercer. Há muitos médicos que se inscrevem para tirar a especialidade e depois regressam ao país de origem, sobretudo os dos PALOP.
Continuamos a não perceber, porque se mantem a mentira oficial de que há falta de médicos. Pode haver falta de médicos em Montemor-O-Novo ou em Alcoutim. Mas, isto só acontece, porque há médicos a mais no Hospital de Santa Maria ou no Hospital Egas Moniz. Ou seja, não existem médicos em alguns sítios, apenas porque o Ministério da Saúde não cumpre a sua função de pôr as pessoas que nada fazem, nos sítios onde fazem falta. Aliás, os últimos Governos fartaram-se de falar em mobilidade na Função Pública, e parece que aplicaram o conceito em alguns sectores, como no Ministério da Agricultura. Mas, quando se pensa em tocar em algumas zonas mais nevrálgicas, os poderosos políticos têm medo. Porque será?