São múltiplos os defensores do SNS, pelo menos, os que dizem que defendem o SNS. Bem sabemos também, que muitos dos que dizem defender o SNS, se limitam a viver na sua sombra, quais ervas daninhas, assumindo uma retórica cínica e oportunista, mas sem dúvida, delapidadora.
Repare-se nestes atentados prepertados pelos próprios Órgãos do Estado, supostamente defensores da Lei, e por isso do SNS:
1. O Ministério da Saúde gasta 200 mil euros por mês com dois hospitais que estão desactivados desde Fevereiro, altura em que abriu o novo hospital de Cascais, em Alcabideche. Tratam-se na prática de dois edifícios, o velho hospital no centro da vila de Cascais e o hospital ortopédico, em Carcavelos. Em comunicado, o Ministério diz que, de facto, ambos estão desactivados desde Fevereiro, mas acrescenta que uma coisa é a extinção de facto outra é a extinção de direito.Justifica depois que a extinção é concretizada por causa dos 200 mil euros mensais que são gastos com remunerações e também com a gestão e manutenção dos dois edifícios.
2. "Deve ser um lapso. Porque se o antigo hospital não estiver extinto formalmente, está-o de facto. Qualquer dos dois edifícios estão vazios. Todo o profissional foi absorvido pelo novo hospital de Cascais e não tem ninguém lá a trabalhar. Aliás, todo o equipamento que lá estava foi doado para a Guiné e para instituições nacionais de solidariedade social, como a Cruz Vermelha e Misericórdia", explicou ao DN António Capucho, presidente da Câmara de Cascais.
Ninguém vê estas situações de lesa-contribuinte? E o Parlamento, Órgão máximo da democracia, o que faz? Como é que alguém que pratica estes atentados de lesa-contribuinte, pode ter o arrojo de vir pedir sacrifícios a quem trabalha diáriamente e paga este desnorte governamental?
Post scriptum: quem receberá os 200 mil euros mensais?