Já se esperava. Um país que vive acima das suas posses. Um país, em que o Estado, as famílias e as empresas, se habituaram a viver à conta dos outros. Um país que demonizou os que vivem do "rendimento social de inserção", mas que é no fundo, ele próprio, um país que vive do "subsídio europeu" e do empréstimo do sistema financeiro internacional. Apesar de tudo isso, alguns dos que continuam a viver no topo da piramide, ainda acham que só podem continuar no "business as usual".
Vejamos estas "primas-donas" do Regime:
- A Ordem dos Médicos (OM) considerou hoje «um absurdo, um erro» a recente legislação sobre prescrição do medicamento, pelas consequências na saúde pública e por distinguir os que têm e não têm dinheiro para os pagar. Em conferência de imprensa, em Coimbra, o Conselho Nacional Executivo da OM, afirmou que «por dever de verdade» não podia deixar de expressar «a maior preocupação sobre as consequências em termos de saúde, económicas e pela inaceitável discriminação dos portugueses mais desfavorecidos».
- O abaixamento em seis por cento no preço dos medicamentos vai prejudicar a indústria farmacêutica, pondo em causa entre 1500 a 2 mil postos de trabalho e com prejuízos financeiros entre 150 milhões a 170 milhões de euros. O alerta foi hoje dado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), para a qual a redução sistemática do preço dos medicamentos é vista «com muita apreensão».
Ou seja, esta gente deve pensar que o cidadão que trabalha árduamente, e que cumpre as suas obrigações fiscais, ainda deve agradecer a esta gente, pelo facto de se servirem de Portugal! O feudalismo já acabou há muito tempo.