Na nossa opinião o SNS e respectivas instituições deveriam ter por finalidade, o "lucro zero". Mas, no tempo do Prof. Correia de Campos, imagine-se, até se vangloriavam dos Hospitais EPE darem lucros (alguns deles, nomeadamente os IPO's).
Naturalmente, que estes reversos só confirmam que muita da informação governamental limita-se a utilizar recursos de "contabilidade criativa" e expedientes momentâneos. A verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima.
Agora, o barco afunda-se: No ano passado, os prejuízos dos hospitais públicos com gestão empresarial dispararam 40%, para os 295 milhões de euros. Em 40 hospitais de todo o país, apenas 13 apresentam resultados positivos. As unidades da Região de Lisboa são as piores.
Os "homens da administração" não se sentem desconfortáveis: O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, admite que os números "não são famosos".
Numa altura em que se discutem os salários da "gestão de topo" no sector privado, não se discutem os valores ganhos pelos "gestores públicos" quando os resultados são maus. Pior, no sector privado quando não se atingem resultados positivos, normalmente "atinge-se a rua", de forma mais rápida!
Pior, para alguns, quando os números são maus, a culpa é sempre das regras: O CH Lisboa Central critica os mecanismos de financiamento existentes por não se ajustarem a uma instituição que agrega quatro hospitais dispersos, "a funcionar em instalações adaptadas de antigos conventos, com constrangimentos vários, além de custos de manutenção e conservação elevados".
Esperamos na "plateia" pelos impactos do PEC na Administração Pública. A outra alternativa, o aumento de impostos, seria matar Portugal, de uma só vez, e rápidamente!