Globalização. Flexibilidade. Mudança. Geradores de ansiedade. Geradores de depressão.
Juntam-se: indústria farmacêutica perita em marketing agressivo, médicos prescritores ambiciosos e sobre pressão, e doentes cada vez mais exigentes.
Estamos perante a maior doença do século XXI: a doença mental.
Vejamos as consequências: O consumo de psicofármacos subiu 36,6 por cento em cinco anos e só em 2008 foram vendidos quase 28 milhões de embalagens, que custaram mais de 372 milhões de euros, segundo dados do Infarmed.
Isto é aterrador: em média, cada mil habitantes consumiram diariamente 152,1 medicamentos ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos, enquanto em 2002 esse consumo era de 115,6 medicamentos, bem longe do melhor valor da União Europeia em 2006 (42,3).
Portugal está em estado comatoso.
Post Scriptum: para a Ministra da Gripe A, esta é uma realidade irrelevante!