Gestão e estratégia de organizações não é para todos. Já o sabíamos. Basta circular por um punhado de organizações públicas e privadas, para perceber que a gestão e a estragégia escasseiam. Na saúde, a gestão é quase sempre intuitiva, e a estratégia é mesmo inexistente.
Ora aqui temos um exemplo, em que primeiro se põem a funcionar as instalações, para depois se pensar em quem é que há-de dirigir os serviços: A ministra da Saúde, Ana Jorge, reconheceu hoje as dificuldades em contratar médicos para o centro de Procriação Médica Assistida da Maternidade Alfredo da Costa e anunciou que este deverá ser dirigido por um especialista espanhol.
Então, o Ministério da Saúde e a Maternidade Alfredo da Costa, primeiro preocupam-se em criar um Centro de Procriação Médica Assistida, para só depois se lembrarem que tinham que arranjar alguém para dirigir o Centro! Boa. Melhores exemplos de gestão? Estão no Ministério da Saúde.
Mas, a Ministra Ana Jorge, que é médica, tem esta visão da gestão das organizações de saúde: «À medida do possível e das suas capacidades» vão sendo encontradas «todas as soluções», afirmou a ministra, sublinhando que «os serviços quando estão prontos devem abrir mesmo que não tenham todos os seus recursos em funcionamento».
Mais palavras? Para quê?