O SNS foi durante muitos anos, um relativo exemplo de exercício de melhoria de qualidade de vida dos portugueses, nomeadamente através da diminuição da taxa de mortalidade infantil e do aumento da esperança média de vida.
Agora, no SNS, discutem-se as distribuições de resultados entre as várias Corporações e Oligarquias, dos médicos e laboratórios farmacêuticos, até aos administradores hospitalares e donos de farmácia. Quanto à melhoria da qualidade do serviço de saúde, nem se fala! Os recursos escasseiam, e as Corporações degladiam-se na luta pelas moedas!
Mas é com satisfação que vemos exemplos como este: A Associação para o Planeamento da Família (APF) vai promover a partir de amanhã, quarta-feira, a campanha de informação “Interrupção Voluntária da Gravidez, conheça os seus direitos”.
Mais, esta Associação para o Planeamento da Família, que é privada, substitui-se à imensa teia de serviços do Ministério da Saúde, que só servem para diminuir o nível de desemprego e para se reclamarem de uma utilidade, que no fundo é inexistente, como é o caso do Instituto de Qualidade em Saúde.
Fala-se em interrupção voluntária da gravidez, como se fosse uma festa, ou o clímax de uma sociedade muito avançada. Mas, afinal é uma Associação, de cariz privado, que faz isto: Por outro lado, Elisabete Souto, coordenadora da Linha Opções refere que a APF recebe uma média de 60 a 70 chamadas por mês, na maioria das quais mulheres com dúvidas em relação à interrupção voluntária da gravidez: “São na sua maioria mulheres entre os 20 e os 35 anos que nos ligam, muitas vezes com suspeitas de gravidez, outras já com a gravidez confirmada. Querem saber onde se dirigir, o que acontece na interrupção voluntária da gravidez, se tem custos, se é confidencial, se é em regime ambulatório ou não...”.