As organizações modernas não sobrevivem sem uma constante mudança, quer estejam em Portugal, nos EUA, ou na India. Há muita gente que ainda não percebeu isto. Mas, o acto de reformar é normalmente duro e difícil, porque as pessoas são avessas à mudança. Então o que poderá acontecer? Não mudar, será o mais fácil no curto prazo, mas no futuro será a completa insatisfação, pois o mundo chega-nos aos olhos todos os dias através da televisão, dos jornais ou da Internet, e mostra-nos o que há de melhor.
As reformas da saúde são cruciais. Mas, não se pode mudar de qualquer maneira, sob pena de se estar a andar para trás! Vejamos um dos reflexos de uma reforma mal conduzida e executada:
- "Além das circunstâncias do passado que justificavam não encerrar a urgência de Estarreja, há hoje uma mais gravosa, que é o facto das pessoas esperarem no Hospital de Aveiro quatro a seis horas para serem atendidas e as duas mortes ocorridas no serviço de urgências só vieram demonstrar que não tem capacidade de resposta".
- Rosa Pontes, da comissão de utentes, continua a não entender a decisão do governo de encerrar a urgência de Estarreja, "que tem o maior complexo químico do país" e explica o regresso aos protestos por "nada ter sido feito" no Hospital Visconde de Salreu e o de Aveiro estar "um caos".
- "Há cerca de um ano esperávamos que o protocolo assinado pelo presidente da Câmara trouxesse algo de bom para o nosso Hospital e hoje não tem nada de novo, não tem consultas externas e está tudo na mesma", disse.
Claro que "reformas" feitas sem sentido e executadas sem método, levam à descrença e consequentemente à paralisação das reformas. Vejamos outra consequência das chamadas "reformas do assobio":
- O Governo poderá estar a um passo de chegar a acordo com a Câmara de Anadia para pôr termo ao polémico encerramento das urgências do hospital local, que motivou já 19 manifestações na Bairrada e fomentou protestos noutros pontos do país. A ministra da Saúde, Ana Jorge, reuniu, anteontem, com o presidente da autarquia, Litério Marques, e apresentou uma solução que prevê cedências de ambas as partes.
O futuro do SNS será a sua privatização em escala!