Wednesday, March 12, 2008

As reformas do assobio

As organizações modernas não sobrevivem sem uma constante mudança, quer estejam em Portugal, nos EUA, ou na India. Há muita gente que ainda não percebeu isto. Mas, o acto de reformar é normalmente duro e difícil, porque as pessoas são avessas à mudança. Então o que poderá acontecer? Não mudar, será o mais fácil no curto prazo, mas no futuro será a completa insatisfação, pois o mundo chega-nos aos olhos todos os dias através da televisão, dos jornais ou da Internet, e mostra-nos o que há de melhor.

As reformas da saúde são cruciais. Mas, não se pode mudar de qualquer maneira, sob pena de se estar a andar para trás! Vejamos um dos reflexos de uma reforma mal conduzida e executada:
  • "Além das circunstâncias do passado que justificavam não encerrar a urgência de Estarreja, há hoje uma mais gravosa, que é o facto das pessoas esperarem no Hospital de Aveiro quatro a seis horas para serem atendidas e as duas mortes ocorridas no serviço de urgências só vieram demonstrar que não tem capacidade de resposta".
  • Rosa Pontes, da comissão de utentes, continua a não entender a decisão do governo de encerrar a urgência de Estarreja, "que tem o maior complexo químico do país" e explica o regresso aos protestos por "nada ter sido feito" no Hospital Visconde de Salreu e o de Aveiro estar "um caos".
  • "Há cerca de um ano esperávamos que o protocolo assinado pelo presidente da Câmara trouxesse algo de bom para o nosso Hospital e hoje não tem nada de novo, não tem consultas externas e está tudo na mesma", disse.

Claro que "reformas" feitas sem sentido e executadas sem método, levam à descrença e consequentemente à paralisação das reformas. Vejamos outra consequência das chamadas "reformas do assobio":

  • O Governo poderá estar a um passo de chegar a acordo com a Câmara de Anadia para pôr termo ao polémico encerramento das urgências do hospital local, que motivou já 19 manifestações na Bairrada e fomentou protestos noutros pontos do país. A ministra da Saúde, Ana Jorge, reuniu, anteontem, com o presidente da autarquia, Litério Marques, e apresentou uma solução que prevê cedências de ambas as partes.

O futuro do SNS será a sua privatização em escala!