Thursday, January 31, 2008

Será uma liderança diferente o segredo?

Sabemos que há pessoas com características de liderança, assim como há pessoas sem carisma, nem capacidade de liderança. Depois, há ainda os que aparentemente são líderes natos, mas são ineficientes. Gerir pessoas é complexo.

Tudo isto a propósito da substituição de Correia de Campos por Ana Jorge, no Ministério da Saúde.

Vejamos o que dizem os chamados "gestores da saúde":
  • debaixo da condição de anonimato, é linear: “Sai o ministro, continuam as políticas, mas com um rosto mais humanista”, diz um gestor hospitalar.
  • “As prioridades e as reformas estavam todas certas, o ministro é que deixou de ter condições para continuar a implementá-las”, complementa outro profissional de saúde.
  • “Há o perigo de esta mudança poder dar um sinal de que as contas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) podem ser menos controladas”, sublinha um analista do sector.
  • o presidente do Hospital de Santa Maria, Adalberto Campos Fernandes, sublinha a necessidade de “dar continuidade ao programa de Governo”, sob pena de arruinar o progresso que foi feito na reforma do funcionamento do SNS.
  • Manuel Delgado considera que, “apesar de as políticas estarem certas, as críticas sistemáticas ao ministro da Saúde deixaram pouca margem política para a sua continuação”.

Para nós, só houve mudança de Ministro, porque a política estava errada, pelo menos na opinião do Primeiro Ministro, que é o Chefe do Governo.

Ou agora, substituem-se pessoas, quando elas desempenham uma função de gestão adequada? Se assim for, é uma decisão disparatada e até mesmo criminosa, para o país!

Isto é, substituem-se pessoas competentes? Algum Chefe ou Patrão faz isso? Evidentemente que não. Não estamos a ver o Engenheiro Belmiro de Azevedo ou o Dr. Ricardo Salgado, a despedirem gestores competentes e com resultados dados.

Evidentemente, que José Sócrates pode estar a cometer um erro crasso, se substitui Correia de Campos, porque este era impopular, mas vai continuar a implementar a mesma política com uma Senhora! Este erro custará muito caro, sobretudo aos portugueses.

Post Scriptum: Para nós, a política estava errada, pelas seguintes razões: 1) não atacou realmente as verdadeiras fontes de desperdício do Ministério da Saúde; 2) as contas do Ministério não estão controladas, como já referiu o Tribunal de Contas; 3) o SNS deixou de ser tendencialmente gratuito, para ser tendencialmente a pagar.