Já todos sabemos que o negócio da saúde é crescente. Aumenta o número de internados em hospitais privados. Aumenta o número de consultas de especialidade. Aumenta o número de exames.
Sabemos, através do seu Relatório e Contas, que a José de Mello Saúde ganha dinheiro com a saúde. Também sabemos, pela experiência dos EUA, que o negócio da saúde não é tão bom como parece, na óptica do prestador hospitalar. Vejamos o que se passará por cá, daqui por uns anos!
Ou será que o Prof. Correia de Campos está a tentar acabar com o SNS? Na perspectiva dele, está a defende-lo, quando fecha maternidades ou urgências. Gostávamos de ver "rolar cabeças" onde a gestão é ineficiente, em vez do encerramento puro e simples de serviços! Mas, se calhar teríamos que começar pelo Ministro......
- Até 2009, Portugal passará de uma oferta de duas mil para cinco mil camas hospitalares no privado. Ou seja, um quinto das actuais vagas públicas, fruto de pelo menos 22 investimentos lançados desde o ano passado.
- um investimento exponencial num sector que já passou dos mil milhões de euros de facturação - vai atrás das classes menos desfavorecidas aquelas que, insatisfeitas com a oferta pública, compram seguros. Dois milhões de portugueses. Para já.
- tirando Mirandela, os futuros hospitais privados estão a nascer nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, em Coimbra, no Minho, em Vila Real e no Algarve.
- "O que se verifica é que em zonas de maior desenvolvimento, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não dá a resposta mais adequada às necessidades dos cidadãos", explica Teófilo Leite. O filão, assumido, é o dos seguros de saúde. "Cerca de 20% da população portuguesa já têm um seguro de saúde. Porquê? Porque não está satisfeita com o SNS. Se estivesse, não iria gastar mais dinheiro num seguro".
Estaremos cá, para ver os próximos capítulos do fim de uma "das conquistas de Abril"!