Vai-se dizendo que as Unidades de Saúde Familiar (USF) são um sucesso. Nós não sabemos se são ou não!
Vejamos o que aqui nos dizem:
- Segundo Manuel Oliveira (do Observatório da Ordem dos Enfermeiros para os Cuidados de Saúde Primários), os dados provisórios indicam ganhos nas USF, ao nível dos sistemas de informação, estruturas físicas e satisfação dos profissionais graças à contratação colectiva e à sua autonomia funcional, organizativa e técnica.
- «Há uma forte coesão nestas equipas e os elementos sentem que todos têm de trabalhar para o mesmo fim e estão envolvidos no mesmo projecto», referiu (Manuel Oliveira).
- Apesar de ainda estar aquém do rácio defendido pela OE de cerca de 1.200 utentes por enfermeiro, o Observatório contabilizou um rácio de 1.661 nas USF.
- Na parte não reconfigurada do centro de saúde, o valor ascende a 2.047 utentes por enfermeiro.
- No capítulo da substituição de recursos humanos, ao abrigo da mobilização de profissionais do centro de saúde para as USF, o coordenador sublinhou que «não se podem esquecer as competências».
- «Há substituições que não são efectivas. Não basta substituir um número por um número, porque é diferente mobilizar um enfermeiro especialista para uma USF e substitui-lo por um não especialista», afirmou.
Ao ler mais esta postura "corporativa", teremos que responder de imediato: então e o consumidor da saúde? Fala-se nos Médicos, nos Técnicos, nos Enfermeiros, nos Administradores, nos......e os Doentes?
Infelizmente, sabemos que com esta ladaínha das "corporações", acabaremos num serviço de saúde de primeira para os "profissionais", e de segunda para os doentes!