Fonte: aqui.
Sunday, October 27, 2013
Sunday, October 20, 2013
Razões da falência anunciada
A falência de uma nação não tem um fim imediato, pois transporta consigo uma doença que demora a curar. Falam aos portugueses, em "memorandum da Tróika", ou em "intervenção da Tróika", para não parecer que o Estado português não tem autonomia. Muitos dos fundamentos da falência são muitas vezes esquecidos. Importa que as pessoas percebam que a falência tem responsáveis e teve muitos beneficiários. Vejamos algumas causas da queda:
1) A Inspeção-Geral de Finanças confirma que as seis farmácias hospitalares devem mais de 16 milhões de euros em rendas em atraso. A Associação Nacional de Farmácias pede o fim desta "iniciativa falhada". A Administração do hospital já interpôs uma ação no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto para reclamar a dívida de mais de 2,4 milhões de euros contabilizada até ao final de 2012, a que acrescem juros de mora. Mas a ação encontra-se pendente devido a uma providência cautelar interposta pela concessionária. Este é apenas um dos vários imbróglios jurídicos que envolvem as seis farmácias hospitalares abertas durante o Governo de José Sócrates.
2) A antiga farmácia do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, estava atolada em dívidas, mas conseguiu manter-se aberta até Novembro do ano passado porque terá usado uma farmácia de Paredes, no distrito do Porto, para ter stock de medicamentos. Com pagamentos aos fornecedores e rendas em atraso, a solução encontrada por um gerente - que fazia a gestão dos dois espaços - terá passado por comprar mercadoria através da Farmácia Ruão, localizada no Norte.
3) A denúncia vai mais longe e sugere que os medicamentos poderão ter tido outros destinos além da farmácia de Lisboa. Isto porque os administradores de sociedades de importação e exportação de medicamentos também teriam levantado encomendas no Centro Comercial Colombo. E José Rascão e o filho teriam ligação à administração de algumas dessas sociedades, como a Noweda Pharma, a JSMP4 Pharma, a Rainbowonder e a Orbitomorrow. Algumas delas, com capital de 20 milhões, terão até uma falsa morada, na Avenida de Roma. "O que levanta a possibilidade de os medicamentos encomendados através da Farmácia Ruão, e 'desviados' para Lisboa, terem outros destinos que não apenas a Farmácia Findor, designadamente os apetecíveis mercados dos países africanos, como Angola ou qualquer das sociedades supra mencionadas", sugere a queixa-crime.
Sunday, October 13, 2013
Crime, disse ele!
Há por aí muito distraído que ainda não percebeu porque é que Portugal faliu! Uns acreditam que Portugal deixou de ter sorte. Outros, acham que os restantes europeus deixaram de ser amigos dos portugueses. Outros ainda, acreditam que a globalização foi madrasta dos portugueses (quando foram os portugueses a iniciarem a globalização).
A falência chegou por várias razões: incapacidade de organização; falta de visão e de estratégia; falta de disciplina e de rigor; ou ainda, por fundamentos de corrupção, mais ou menos, generalizada.
Este é apenas mais um caso: Paulo Macedo já comentou a alegada fraude na construção do Hospital Pediátrico de Coimbra. Em causa está o consórcio "Somague-Bascol", que terá inflacionado a obra em 27 milhões de euros.
Discute-se até à exaustão, um eventual corte nas pensões de cerca de 100 milhões de euros, quando apenas numa única obra pública, parece que há o trambique de 27 milhões de euros!
Grande Estado português, que tolera e olvida, tamanhos ataques.
Os putativos criminosos até parece que foram criativos: Neste caso a denúncia partiu de um ex-fiscal residente da obra. João Costa da Silva diz que o construtor inventou a existência de um lençol de água e de rocha no terreno que obrigava ao uso de explosivos. Os materiais da obra já começaram a ceder por defeitos no edifício.
O contribuinte é a parte ignorada neste faz-que-faz. Os representantes do Estado, ou seja, os políticos e os altos funcionários do Estado, fingem que se mexem: O Tribunal de Contas abriu um inquérito... o DCIAP de Coimbra também investiga o caso... o Ministro admite irregularidades.
E há ainda quem se interrogue sobre a razão da falência. Pior cego, é o que não quer ver.
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