Há por aí muito distraído que ainda não percebeu porque é que Portugal faliu! Uns acreditam que Portugal deixou de ter sorte. Outros, acham que os restantes europeus deixaram de ser amigos dos portugueses. Outros ainda, acreditam que a globalização foi madrasta dos portugueses (quando foram os portugueses a iniciarem a globalização).
A falência chegou por várias razões: incapacidade de organização; falta de visão e de estratégia; falta de disciplina e de rigor; ou ainda, por fundamentos de corrupção, mais ou menos, generalizada.
Este é apenas mais um caso: Paulo Macedo já comentou a alegada fraude na construção do Hospital Pediátrico de Coimbra. Em causa está o consórcio "Somague-Bascol", que terá inflacionado a obra em 27 milhões de euros.
Discute-se até à exaustão, um eventual corte nas pensões de cerca de 100 milhões de euros, quando apenas numa única obra pública, parece que há o trambique de 27 milhões de euros!
Grande Estado português, que tolera e olvida, tamanhos ataques.
Os putativos criminosos até parece que foram criativos: Neste caso a denúncia partiu de um ex-fiscal residente da obra. João Costa da Silva diz que o construtor inventou a existência de um lençol de água e de rocha no terreno que obrigava ao uso de explosivos. Os materiais da obra já começaram a ceder por defeitos no edifício.
O contribuinte é a parte ignorada neste faz-que-faz. Os representantes do Estado, ou seja, os políticos e os altos funcionários do Estado, fingem que se mexem: O Tribunal de Contas abriu um inquérito... o DCIAP de Coimbra também investiga o caso... o Ministro admite irregularidades.
E há ainda quem se interrogue sobre a razão da falência. Pior cego, é o que não quer ver.