Vivemos num mundo em que se promove a criatividade e a inovação. O ser humano exige mudança e coisas novas. Mas, isto não nos passava pela cabeça: O ministro da saúde islandês, Siv Fridleifsdottir, propôs um projecto de lei radical no parlamento: fazer do tabaco um produto sujeito a receita médica.
Não. Ainda não é em Portugal. Mas, como em Portugal se pensa pouco, e se copia tudo o que se acha bem, pensando de forma "politicamente correcta", não nos admira que esta medida patética não nos bata à porta daqui por pouco tempo.
O projecto islandês até parece sério:
- o projecto visa que o tabaco passe a ser vendido apenas em farmácias e não nos locais habituais. Inicialmente as vendas serão limitadas a maiores de 20 anos e, mais tarde, a fumadores com certificado médico válido.
- Um dos objectivos da medida passa pelo incentivo ao abandono do tabaco, através do acompanhamento médico, nomeadamente com tratamentos para o vício e programas educativos. Caso estas propostas não sejam suficientes, o médico passaria, segundo a proposta apresentada, a poder prescrever tabaco e o utente seria autorizado legalmente a fumar.
- Outro dos objectivos da proposta é que a nicotina seja classificada como uma substância viciante e regulamentada pelo governo, tal como acontece com outras drogas.
Não nos admira que a Islândia tenha entrado em bancarrota não há muito tempo. Porque não colocam também em regime de prescrição médica, o consumo de bebidas alcoólicas? Ou outros vícios?