Sunday, October 17, 2010

Retalho farmacêutico: sobre ataque

Estamos todos sobre ataque. Quem? Os que trabalham e os que pagam impostos. São todos os portugueses? Não. Só trabalham cerca de 4 milhões de portugueses. Só pagam impostos cerca de 50% dos portugueses. Falta considerar que muitos activos estão desempregados e que muitos activos fingem que trabalham.

O Orçamento de Estado 2011 ataca todos os que ajudam a construir riqueza, quer trabalhem por conta de outrém, nas empresas ou no Estado, quer sejam empresários. E neste enquadramento, os retalhistas farmacêuticos, denominados farmácias comunitárias ou de oficina, vão ter a concorrência acrescida:
  • Este ano, todos os hospitais com serviços de urgência deverão passar a ter uma farmácia aberta ao público, prevê a versão preliminar do Orçamento de Estado para 2011.
  • O alargamento da criação de farmácias a todos os hospitais do SNS é uma das várias medidas com que a tutela espera "aumentar o acesso ao medicamento".

Portugal não é um sítio bom para se estar, a partir de agora. Nós já o esperávamos, há algum tempo.