Estamos ao rubro. Percebe-se que afinal há muito predador de Portugal, e não apenas do SNS. Já o sabíamos. Todos os dias, os media se entretêm a descobrir faustosas festas por tudo quanto é órgão da administração central, regional e local. Ainda dizem que não é possível cortar nas despesas. Só não corta nas despesas, quem tem dinheiro. Bem, Portugal parece que não tem dinheiro, mas vive dos empréstimos dos "especuladores financeiros". Como diria o saudoso Fernando Pessa, "e esta, hein!".
Mas, vejamos mais predadores do SNS:
1. A Associação de Profissionais da Saúde Espanhóis em Portugal (APSEP) disse à agência de notícias espanhola EFE que actualmente trabalham em Portugal 1800 médicos espanhóis. Quase 2200 exerciam em território nacional há cinco anos. O presidente do organismo explicou à EFE que com a descida salarial dos funcionários – que pode ir até aos dez por cento para os ordenados mais elevados – incluída pelo executivo de José Sócrates no seu pacote de medidas de austeridade, um médico do sector público ganhará em Portugal entre 20 a 25 por cento menos do que em Espanha. Apesar de reconhecer que ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que a redução salarial é recente, Xoán Gómez considera que as vantagens que Portugal oferecia já não existem e que há agora “mais pressão sobre os médicos” espanhóis.
2. Primeiro sim, depois não e agora de novo sim. O Governo recuou e, afinal, os aposentados do Estado que acumulam salários com pensões vão manter-se nesta situação e não serão obrigados a prescindir da reforma. Em causa estão responsáveis de empresas públicas, consultores, médicos, deputados, autarcas e o próprio Presidente da República, que estejam a acumular o salário pelas funções públicas que desempenham com pensões pagas pela Caixa Geral de Aposentações.
Já sabíamos que "Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros", mas agora, ficamos a saber que os médicos espanhóis que trabalham em Portugal ameaçam ir-se embora, e que os médicos aposentados fazem parte (em conjunto com o Presidente da República) dos que não querem ceder o privilégio de auferirem salário e pensão de reforma, em simultâneo.
Mas, os outros portugueses estarão condenados a pagar tudo e "um par de botas", para serem "servidos" pelas élites improdutivas do país?! Até quando?