Porque não há-de ser possivel receitar medicamentos por Denominação Comum Internacional (DCI)? Quem ganhará com isto, para alem da Industria Farmacêutica? As agências de viagem que organizam "Congressos Cientificos" nas Caraibas e na Tailandia?
Vejamos mais predadores do SNS:
1. A possibilidade de escolher uma marca faz parte do objectivo de generalização da prescrição electrónica, o que implicará que, também a partir de Março, só os medicamentos receitados pelo computador sejam comparticipados. Mas para o bastonário dos Farmacêuticos a política que a tutela segue "deveria ser estrutural e não conjuntural", voltando a relembrar que há muito tempo que o sector pede que seja introduzida a prescrição por denominação comum internacional "que permitia poupar milhões" sem a "possível confusão" destes "protocolos terapêuticos".
2. O bastonário da Ordem dos Médicos condenou a medida e alertou para os perigos de confusão de medicamentos e de sobredosagem. Pedro Nunes alertou que qualquer protocolo feito com a Ordem não permitirá que o médico deixe de ter a "garantia de que as suas receitas são invioláveis".
3. O bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, deixa o aviso - se o Ministério da Saúde permitir que as receitas médicas sejam alteradas na farmácia, e ainda penalizar as comparticipações dos medicamentos que não foram substituídos, a Ordem irá proceder a "um corte absoluto nas relações com o governo e não haverá protocolos terapêuticos para ninguém".
Nós sabemos que o Estado português é forte com o contribuinte que tem pequenos valores de IVA em atraso, mas é muito fraco perante a fuga ao "IVA em carrossel", perpretada por grandes empresas com ligaçoes internacionais. Mas, ficamos estupefactos com a altivez e arrogancia da Grande Corporação médica. Porque será que as pessoas têm tanto medo dos feiticeiros modernos?