Por cá, o Estado, que é de todos os portugueses, abandona paulatinamente o Interior de Portugal. São as linhas de comboio encerradas. É a falta de incentivos à presença num Interior menos confortável, que leva à desertificação acentuada. A concentração dos fundos comunitários (único investimento que vai existindo em Portugal, e claramente em fim de linha) nos grandes centros urbanos. Tudo isto, como se viver em Campo Maior, em Valença do Minho ou ainda em Vilar Formoso, fosse como se habitasse o deserto. Não é. É terra arável, fértil e com potencial de desenvolvimento.
Mas, parece que do outro lado da fronteira, já não se pensa assim: A pensar no número crescente de espanhóis mas também de muitos portugueses, os serviços de Saúde galegos vão criar um novo centro de atendimento em Tui. Proximidade e ausência de taxa moderadora levam cada vez mais lusos a atravessar a fronteira.
Portugal atravessa um período de mediocridade acentuada. Com falta de gente com visão, com discernimento e com estratégia para um país pequeníssimo. Portugal é tão pequeno como os mais pequenos Estados dos EUA. Portugal é maior do que a Suíça ou a Bélgica. Mas, aqueles países, vão sobrevivendo na sua pequenez, enquanto Portugal regride, se afunila, se encaminha para uma extinção, outra vez!
Depois dos episódios de Elvas, rápidamente substituída por Badajoz, agora vemos que Tui vai substituir Valença. Do lado de cá, os "políticos de turno" nem se incomodam, nem sequer tentam entender o que é a "noção de espaço territorial". Mas, isso era pedir-lhes demais, a gente tão medíocre.
Ou então, os tais "políticos de turno" têm algo mais na sua visão: transformar Portugal numa Região da Ibéria, à semelhança da Galiza ou da Andalucia! Quem sabe. Mas, se for assim, vale a pena serem francos. Por uma vez.