As velhas famílias respeitáveis, quando entram em falência, buscam nos velhos baús, restos com valor, que ainda lhes valem nos períodos de decadência. Portugal já chegou a este estado. Poderia estar pior? Poderia, se já não tivessemos edifícios e propriedades para vender!
- O Governo quer vender imóveis sob a tutela do Ministério da Saúde para reforçar em 200 milhões de euros o capital social dos 15 hospitais públicos com gestão empresarial (EPE) e que deverão apresentar prejuízos da exploração, em 2009, calculados em cerca de 250 milhões de euros. O dinheiro é para cobrir os prejuízos, mas o problema é que a Saúde não possui património (prédios ou terrenos) com esse valor, de acordo com fontes do sector
- No relatório do Orçamento do Estado para o corrente ano, o Executivo anuncia a dotação de 200 milhões de euros "para realização de capital estatutário" dos hospitais públicos com gestão empresarial. No relatório não explicita a "fonte de financiamento", mas no articulado, em forma de proposta de lei, está descrito que o dinheiro para o "reforço de capital" dos hospitais-empresas surge da "alienação de imóveis" na órbita do ministério. A "afectação do produto da alienação de imóveis" reverte "até 50%" para o organismo proprietário e, no caso do Ministério da Saúde, destina-se "ao reforço de capital dos hospitais públicos empresariais". Aqui, o Estado, na falta de dinheiro, assume que as "jóias" serão vendidas para financiar despesas correntes.
Claro está, que quando alguma família chega a este estado, os seus reponsáveis vivem já na ignomínia, ou então, no completo autismo perante uma sociedade, que já não está limitada à fronteira portuguesa!
Alguém se demitiu no Ministério da Saúde até ao momento? Não. A Ministra Ana "Gripe A" Jorge, já não tem a maléfica Gripe A, para entreter o contribuinte português!
Melhores dias virão. Mas, vai demorar muito tempo, até chegarmos aos dias de Sol.