Não nos surpreende. Apenas, confirma a tendência da falta de controlo de gestão que pulula pelo Ministério da Saúde. Apesar de muita engenharia financeira, e das boutades do fanfarrão do Prof. Correia de Campos (auto-denominado, "pai" da reforma do SNS, a partir de 2005).
Ora aqui vão algumas rúbricas que mostram o desastre à vista no SNS, relativamente à sua parte mais importante: o resultado do 1º trimestre de 2009, dos Hospitais EPE.
- Proveitos totais: 930 milhões de euros. Crescimento de 2,1%.
- Custos totais: 1.037 milhões de euros. Crescimento de 5,4%.
- Resultado líquido negativo: 107 milhões de euros. Crescimento de 45%.
Ou seja, a falência dos Hospitais EPE está à vista. Só não vê, quem não quer. O Estado está em situação financeira catastrófica, pelo que não poderá acudir ao fogo hospitalar. O que acontecerá? Apenas e só, a degradação da qualidade do serviço e uma porta aberta para novos prestadores privados.
Importa ainda, focar alguns crescimentos de custos astronómicos, em clima de depressão económica, como sejam:
- Aumento de custos com medicamentos: +6,6%.
- Aumento de custos com pessoal: + 4,8%.
Requiem para o SNS.