Thursday, June 18, 2009

O maior desafio de Obama

O Presidente Obama tem uma capacidade de comunicação única. O Presidente Obama está perante o maior desafio dos EUA, desde a II Grande Guerra: tentar travar o declínio evidente dos EUA.

Uma das fontes de declínio Americano é sem dúvida, a imensa despesa em saúde e um consumismo elevadíssimo. Obama prometeu criar, se fosse Presidente, a chamada "global healthcare coverage". Vai ser tudo, menos fácil.

Vejamos alguns detalhes desta "quadratura do círculo" de Obama:
  • A Associação de Médicos dos Estados Unidos da América terminou hoje a reunião anual, em Chicago, sem definir uma posição sobre a reforma de saúde que o presidente Barack Obama pretende instalar. Os delegados da Associação, a maior do país com 250 mil membros, acordaram hoje apoiar alternativas ao actual sistema de saúde através de uma reforma mas não referiram nenhuma opção concreta.
  • A opinião da Associação de Médicos é fundamental para o êxito ou fracasso da iniciativa de Obama, que pretende iniciar a reforma de saúde ainda este ano e que está a recolher apoios junto da indústria e dos críticos tanto republicanos como democráticos.
  • A Associação, que rejeitou recentemente um plano público que concorria com as seguradoras privadas, comprometeu-se apresentar uma reforma de saúde que garanta a todos os norte-americanos uma cobertura dos serviços sanitários acessível e de qualidade.
  • "A situação é insustentável para as famílias, as empresas e o governo. Os EUA gastam....quase 50 por cento a mais por pessoa do que o segundo país com maior despesa na saúde (...) Mesmo assim, temos cada vez mais cidadãos sem seguro, a qualidade do serviço tem-se deteriorado a população não está mais saudável", afirmou Obama.
  • Obama pretende reduzir as despesas de saúde e alargar a cobertura dos cuidados médicos a 46 milhões de norte-americanos que continuam excluídos (cerca de 15 por cento da população).

Lembramo-nos logo daquele filme "Os Deuses devem estar loucos". E porquê? Porque, se Obama conseguir fazer esta reforma, ficará na História dos EUA ao lado de Roosevelt, Reagan ou Lincoln. De outra forma, vai ficar muito mal visto!

Aguardemos.