Correia de Campos adora estar nos media. Correia de Campos adora os cadeirões do poder. Correia de Campos gosta de se mostrar. Vejamos (edição de 5 de Maio de 2009) no que dá, esta ansia de protagonismo: Se se tivesse concretizado o investimento anunciado em Janeiro de 2006 por três ministros e um secretário de Estado, Portugal pertenceria hoje ao restrito número de países do mundo com capacidade de produzir vacinas antigripais.
Em 2006, lá estava para aparecer no telejornal do dia: Correia de Campos, Manuel Pinho e Mariano Gago a assistir à assinatura do protocolo de entendimento entre a Medinfar e a Agência Portuguesa para o Investimento.
E agora, o que diz o sempre presente Correia de Campos: Segundo o relato do ex-ministro, foram os responsáveis da empresa que manifestaram ao Governo a intenção de avançar para uma fábrica que pudesse produzir 800 mil vacinas por ano para a gripe sazonal e que, ao mesmo tempo, estivesse desde logo preparada para readaptar a sua produção às necessidades de responder a uma pandemia, assim que fosse conhecida a estirpe do vírus em causa. "Nós só nos podíamos associar a esta intenção, já que não investíamos um cêntimo, e apenas nos comprometíamos a comprar, em caso de pandemia, as vacinas que ali fossem produzidas, e a preço de mercado", sublinhou.
Para nós, só faz sentido inaugurar algo, quando algo está pronto a funcionar. Ou se quiserem, quando algo está a começar a ser construído. Para Correia de Campos e também para José Sócrates, a ansia de mostar coisas é tanta, que até se prestam ao triste espectáculo de irem atrás de boas intenções. Mas, como se costuma dizer, de boas intenções está o inferno cheio!