Thursday, March 19, 2009

O fim esperado do SNS II

Não há omoletes sem ovos, já o sabemos. Dificilmente se consegue um SNS gratuito ou tendencialmente gratuito, já o dizemos por aqui há algum tempo. Os políticos que vão vivendo de mensagens gostosas para português saborear, sentem-se à vontade a criar estes embustes, porque os cidadãos estão adormecidos com as crises!

O SNS não é sustentável. O artigo 64º da Constituição da República Portuguesa não pode ser garantido, de forma séria. Isto é, o artifício que lá puseram, "um SNS tendencialmente gratuito", não passa de um embuste, ou se quiserem, uma fantasia.

Restam duas soluções: 1) os contribuintes terão que pagar mais impostos para sustentar um SNS ineficiente e vítima de múltiplos lobbies; 2) os portugueses terão que pagar cada vez mais a sua saúde através de seguros privados de saúde.

Para os que ainda acreditam em fantasias, vem a Senhora Ministra mostrar que já não há milagres: A ministra da Saúde, Ana Jorge, lançou hoje um apelo aos médicos de família para que prescrevam medicamentos genéricos aos seus doentes, sobretudo numa fase de crise económica.

Curiosamente, foram sempre os médicos (Colegas da Senhora Ministra), que criaram o máximo de obstáculos à expansão dos medicamentos genéricos!

A verdade custa. Mas, a realidade é mais forte.