Por muito que se diga, a linguagem quantitativa é mais objectiva e clara que a mera linguagem das palavras. Olhemos para aquilo que o Instituto Português de Oncologia de Lisboa reportou oficialmente como resultados de 2007.
Destacamos o seguinte:
- Os Resultados Líquidos do IPOLFG, EPE no exercício de 2007 foram de 389.484,96 €.
- As Imobilizações Corpóreas aumentaram em 2007 em cerca de 2 milhões de euros.
- As Dívidas de Terceiros de curto-prazo aumentaram mais de 5 milhões de euros em 2007, face a 2006.
- Os Depósitos Bancários situaram-se em cerca de 50 milhões de euros.
- As Dívidas a Terceiros aumentaram em mais de 5 milhões de euros em 2007, face a 2006.
- As Prestações de Serviços aumentaram cerca de 10 milhões de euros face a 2006.
- Os Proveitos Financeiros e Extraordinários somaram mais de 6 milhões de euros.
- Os Juros Obtidos em 2007 foram de 1,7 milhões de euros.
Comentários nossos:
- O IPOLFG registou um aumento saudável de prestações de serviços.
- Continuamos a não entender que uma Instituição como o IPOLFG pague impostos ao Estado (no valor de 1,1 milhões de euros).
- Não entendemos definitivamente que um hospital detenha em Balanço uma verba de 50 milhões de euros na rúbrica de Depósitos à Ordem.
- Não entendemos também que uma Instituição de prestação de cuidados de saúde obtenha 1,7 milhões de euros em Juros de depósitos. Estranho. Muito estranho.
- Qualquer entidade não-financeira que detenha um valor tão elevado nas rúbricas de resultados financeiros e extraordinários, só denota muitas dúvidas e alguma desconfiança.
Voltaremos a comentar as Contas de Resultados deste e de outros hospitais EPE.