As receitas médicas estão a inundar as farmácias, porque estão mal preenchidas. Que grande novidade! Sempre estiveram mal preenchidas. Naturalmente, que os maus hábitos demoram a "entrar nos eixos". Deixaram os médicos adquirir o mau hábito de "escreverem à médico", e agora o desgraçado do doente é que paga a factura!
Vejamos alguns detalhes:
- As farmácias estão a ser inundadas pela devolução de milhares de receitas – em especial com remédios caros e maior comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – das mais variadas doenças: cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial, infecções.
- O bastonário dos médicos, Pedro Nunes, critica o “excesso de burocratização das receitas”.
- Os doentes “não podem ser penalizados pelo incumprimento das unidades de Saúde e incompetência dos funcionários, que não sabem cumprir a lei e não põem a vinheta, ou dos médicos, que se esquecem de pôr a data”. Quem o diz é João Cordeiro, presidente da Associação Nacional das Farmácias, que confirma ao CM a devolução das receitas pelo Confact.
Ora bem, Dr. João Cordeiro. Não pode ser o doente (que é o "mexilhão") a pagar o mau serviço de alguém!
Porquê que não está já implementado um sistema de receita electrónica, em que os médicos tenham que escrever através "de teclado"?
O doente, que é o cliente do Ministério da Saúde, é que vai pagar a factura, senão vejamos: mas há colegas que não vendem ou então vendem sem receita e o doente paga a totalidade do preço e perde a comparticipação. Outros doentes adiam o tratamento e agravam a doença. Há reinternamentos.