Curiosa a gestão de recursos humanos que anda pela Administração Pública portuguesa. No Estado, que somos nós todos, há de tudo, para todos:
- Pessoas com nomeação definitiva em Diário da República, que nem que não apareçam no trabalho durante semanas a fio, colocarão em risco a sua nomeação definitiva;
- Pessoas que estão há mais de uma dezena de anos, em renovação contratual regular, independentemente de fazerem falta ou não ao Estado.
- Pessoas que não têm qualquer vínculo ao Estado, mas que trabalham para ele. Sabe-se lá porquê.....
- Pessoas a "recibo verde".
- Pessoas que durante anos não têm o mérito reconhecido.
- Pessoas em "licença sem vencimento" há uma dezena de anos, como se alguém pudesse fazer falta a um qualquer patrão, estando fora da organização durante uma década!
Mas, prometemos no título escrever sobre "controlo biométrico". Aqui vai o que afirmou uma antiga Ministra da Saúde:
- A instalação de sistemas de controlo de assiduidade biométrica irá conduzir à degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e está a provocar um sentimento generalizado de desmotivação na classe médica que já levou muitos clínicos a optarem por trabalhar no sector privado ou a anteciparem a aposentação.
- Esta é a conclusão tirada da conferência em jeito de aula dada na Ordem dos Médicos, em Lisboa, pela professora universitária (e ex-ministra da Saúde) Manuela Arcanjo perante uma plateia composta por algumas dezenas de clínicos.
Contudo, com arte e engenho, até os controlos biométricos podem ser contornados: