Tuesday, October 30, 2007

As reformas fingidas

Afastamo-nos da política, desde que ela não interfira na nossa vida. Mas, a política anda a prejudicar-nos de mais, se não vejamos esta notícia: Os resultados das reformas que o Governo tem encetado em diversas áreas, tais como a administração pública, educação, saúde, justiça, etc., são considerados, pela maioria dos inquiridos no Barómetro da Marktest para o DN e TSF deste mês, "maus". Assim se pronunciam 42% dos sondados, contra 33% dos que os consideram "bons".

Já se vê há bastante tempo que estamos perante uma grande mistificação e na saúde, nosso tema favorito, claramente que a mistificação é a política oficial, juntamente com uma satisfatória "campanha de relações públicas".

Vejamos mais esta mistificação: As primeiras farmácias criadas à luz da nova lei que liberaliza a propriedade só surgirão em 2009.

Então, não foi o Senhor Primeiro Ministro que na sua tomada de posse, que anunciou uma autêntica revolução no sector farmacêutico, e nomeadamente quanto ao "ultrapassado" diploma da propriedade farmacêutica? E agora, só vem concretizar a tal "reforma" para quando forem as eleições?

Que raio! A China discute hoje o 3º lugar na economia mundial, com a Alemanha. Há 20 anos, a China nem fazia parte das 15 maiores economias do mundo. O Brasil e a Rússia são hoje potências económicas. A Espanha tem várias empresas globais. Portugal demora 4 anos a mudar uma Lei do Dr. Oliveira Salazar!

E depois, ainda há a desfaçatez de dizer isto: Um dos objectivos do Ministério da Saúde é tornar este processo mais rápido. Há uma semana, no Parlamento, o ministro Correia de Campos afirmou que o anterior método «protelava por vários anos a conclusão dos concursos» e deu como exemplo a abertura, em 2001, de 204 novas farmácias, que só ficou concluída em Outubro de 2006.