Não vale a pena sermos destrutivos. Não vale a pena, ficarmos contentes porque temos, aparentemente, o déficit controlado. Não vale a pena, fixarmo-nos só no aumento da esperança de vida dos portugueses, como conquista do SNS.
É que há muita coisa por fazer, e se não se começa já, a casa pode ruir. Vejamos mais um Centro de Saúde à moda antiga:
- A actual unidade de saúde local está situada em instalações provisórias arrendadas há mais de 30 anos, representando uma despesa mensal de 2500 euros para o Ministério da Saúde.
- O espaço daquela unidade de saúde é repartido entre o antigo hospital da Santa Casa da Misericórdia local, onde funciona o serviço de atendimento complementar, e dois andares de um prédio de habitação, cujo único acesso é por escada.
- "Se for uma pessoa que se desloque de cadeira de rodas vai ao serviço de atendimento complementar em vez de ir às consultas", disse à Lusa Joaquim Rosa Lopes, director da unidade, sublinhando que "20 por cento da população [do concelho] é idosa".
Tudo isto, porque:
- A construção do novo centro de saúde de Sobral de Monte Agraço, que deveria terminar em Dezembro, ainda nem sequer começou, levando já um atraso de um ano e meio.
O que andam a fazer as pessoas da Unidade de Missão dos Cuidados Primários? Ou não são eles os reponsáveis, pelos Centros de Saúde? Se calhar, o Responsável é ninguém!