O nosso lema aqui, é a defesa do Cliente da saúde. Ou seja, somos todos nós, Clientes do SNS, por via Constitucional.
Lemos isto: Segundo Carlos Silva, presidente da Associação Portuguesa dos Insuficientes Renais (APIR), “estamos muito preocupados, pois se o ministro cumpre a decisão de manter os cortes de despesa com os convencionados isso significa a falta de tratamento para dois mil novos doentes”.
Temos vindo a abordar de forma sistemática, o tema da insustentabilidade do SNS. E fazemo-lo, porque temos investigado sobre saúde em diversos países, e concluímos que, mesmo que não se desleixe a gestão e a organização da saúde, há várias "bombas - relógio", tais como: envelhecimento da população, inflação clínica acima da inflação geral e, entre outros, maior preocupação com a saúde/beleza dos seres humanos.
Visto que essas "bombas - relógio" não são "removíveis", é importante que a gestão da saúde seja rigorosa e muito exigente, para que o comboio não descarrile.....
O Ministro da Saúde actual, tem tentado inverter as imensas ineficiencias de gestão, nomeadamente nos hospitais. Contudo não é através de artificios como este (A redução de cinco por cento do pagamento do Estado às entidades convencionadas na área da hemodiálise permite ao Governo arrecadar cerca de 35 milhões de euros por ano), que se consegue estabilizar a saúde. Antes pelo contrário: Os hospitais públicos não têm capacidade de resposta para receber estes dois mil novos doentes que surgem todos os anos.
Diríamos, que provavelmente a capacidade instalada nos hospitais públicos, até suportava mais nível de serviço.
Só que o Ministro prefere actuar administrativamente, em vez de agilizar a "super estrutura" do Ministério! E assim sendo, pode acontecer isto: Não há um caso de um único doente a quem tenha sido negada a hemodiálise. Se houver alguém nessa situação a responsabilidade cabe à clínica porque a recusa de tratamento é um problema de ética.
A ética é obrigação de todos.