Sabemos que uma das dificuldades que tem atirado Portugal para a cauda da Europa.....a 27, é a falta de organização da sociedade em geral, e em particular do Estado. É uma ilacção nossa, que infelizmente, o tempo nos vem dando razão.
Por aqui vamos escrevendo sobre: falta de controlo de gestão dos hospitais e dos centros de saúde, da promiscuidade entre público e privado, e, entre outros, da falta de disciplina nos custos de certos serviços, nomeadamente associados a corporações da saúde.
De vez em quando, aparecem-nos pequenos lampejos que induzem uma tentativa de disciplinar o desregramento generalizado da máquina estatal. Este é mais um desses lampejos:
- O Ministério da Saúde vai investigar os 14 médicos que mais receitas prescreveram nos últimos dois anos com o objectivo de verificar se a medicação recomendada é ou não adequada à patologia dos doentes.
E esta pérola:
- O clínico que mais despesa prescreveu em 2005 e 2006 exerce funções, segundo revelou ontem a «TVI», num centro de saúde em Aveiro: em média passa diariamente 95 receitas por dia, chegando os medicamentos prescritos a totalizarem os 4500 euros, o que corresponde a cerca de um milhão de euros por ano.
Porquê, que só este Senhor Doutor que não é mais do que um grande escriturário, e mais treze Colegas, é que são investigados? Só porque são os mais "monstruosos"? Ou pretende-se apenas mostrar que existe....um lampejo de controlo?