Tuesday, January 02, 2007

Continue, Senhor Professor

A propósito do controlo da assiduidade dos profissionais de saúde, criou-se uma crise, de que deixamos as principais passagens:
  • carta de demissão dos 19 directores de serviço foi entregue na passada sexta-feira na Direcção Clínica do Hospital Pedro Hispano, enquanto decorria um encontro com o bastonário da Ordem dos Médicos no auditório do hospital, para debater precisamente este controlo de assiduidade.
  • o Hospital Pedro Hispano e os quatro centros de saúde de Matosinhos, está a controlar a assiduidade dos seus funcionários desde o princípio deste mês, em regime experimental, através de um sistema de impressões digitais.
  • A Delegação no Norte da Ordem dos Médicos (OM/Norte) criticou a medida adoptada pela unidade de Matosinhos, por considerar que reduz a actividade médica a «um exercício essencialmente burocratizado».
  • o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, contestou a introdução do controlo de assiduidade, considerando que o relógio de ponto «só leva ao jogo do faz do conta».
  • Pedro Nunes disse que «os médicos controlam-se a si próprios, através dos seus directores de serviço, porque só tem um patrão, o seu doente.

O Professor Correia de Campos fez o que lhe competia:

  • O ministro da Saúde afirmou hoje em Matosinhos que os directores de serviço do hospital local, que sexta-feira anunciaram a intenção de se demitirem em protesto contra o modelo de controlo de assiduidade, vão manter-se nos cargos.
  • o ministro António Correia de Campos disse desconhecer a existência de qualquer pedido formal de demissão.
  • Este sistema, que segundo o ministro será generalizado a todos os hospitais e centros de saúde do país, vai permanecer em regime experimental no hospital de Matosinhos (Pedro Hispano) até ao final do mês de Fevereiro.

Comentários finais, nossos:

  1. Verifica-se pela crise "Pedro Hispano - Controlo da Assiduidade", que há muita falta de princípios e de práticas de gestão, comum, nos Hospitais portugueses.
  2. É lamentável, que os Médicos desconheçam um princípio simples, de horário flexível e do seu controlo, em vigor na generalidade das organizações portuguesas.
  3. É lamentável, que o Bastonário da Ordem, venha afirmar publicamente, que os médicos estão em auto-gestão!

Bom Ano Novo, para o Ministro da Saúde!