Portugal viveu durante mais de duas décadas, com um enorme apoio da CEE/União Europeia. Após este período, verifica-se que a nação não tem capacidade para se auto-sustentar economicamente.
Dito de outra forma, a nação não gera recursos para suportar os direitos que a Constituição da República garante aos cidadãos. Ou seja, Portugal queria ser um país do 1º mundo, mas não gera recursos para tal.
Agora, algumas entidades já se vão apercebendo da descida de divisão: "Na prática, estamos a transformar o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS). Isto só vai ter efeitos em termos de números da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das instituições internacionais daqui a dois ou três anos, quando ao olharem para os números de 2014 verificarem que os índices excelentes que tínhamos começam claramente a decrescer. Não podemos aceitar isso", afirmou Miguel Guimarães.
Se calhar, quem está incomodado, habituou-se ao fandango do "ora, agora, no público, ora, logo, no privado". Acabou. O Estado faliu e não consegue suportar tanto, como o fez no passado. A não ser que se crie mais riqueza, para que o Estado possa cobrar mais impostos.
De outro modo, isto é o habitual choro do crocodilo: Para o responsável," a saúde necessita de uma nova agenda que seja mobilizadora de uma política diferente. Uma política mais próxima das pessoas. Mais próxima dos doentes e dos profissionais de saúde. Em que a sustentabilidade seja uma etapa mas não a meta final. Em que seja preservado o que conseguimos fazer de bom e de bem. Em que o combate ao desperdício seja objectivo, transparente e sem 'compromissos' ou 'desperdícios' políticos. Em que a instabilidade não seja uma ameaça constante. Em que o doente ocupe o seu verdadeiro lugar no centro de todo o sistema, em que a medicina seja valorizada e respeitada".