Todos os anos, o mundo académico português relacionado com a saúde, emite um documento, sob a chancela do Observatório Português dos Sistemas de Saúde. Este ano, não foi excepção.
Curiosamente, este ano, o relatório habitual inicia-se com um relato sobre o presente descalabro económico-financeiro de Portugal, iniciado em Maio de 2011. Ou seja, os académicos da saúde parece que perceberam que a falta de recursos do Estado levou à inevitável decadência dos resultados da saúde em Portugal. Parece novidade, mas não é. A falência da nação já indiciava os resultados actuais.
Adiante, depois, o mesmo relatório do Observatório, lista as "tarefas" que o Governo de Portugal tem de executar, por imposição da chamada Tróika. Nada de novo, também. Quem deve, tem que cumprir o que o credor quer. A não ser que deixe de cumprir, e deixe de pagar. Mas, chegados aí, Portugal ficaria (ficará?) sem combustível, sem automóveis novos, sem medicamentos, sem ressonâncias magnéticas, etc.
Depois, na Figura 1, do documento, verifica-se o que foi a loucura vivida no Ministério da Saúde desde 2000, até 2010. Durante este período, o Orçamento da saúde cresceu dos 4.500 milhões de euros anuais, para os 8.700 milhões de euros. Ou seja, os patuscos que ocuparam os cargos de gestão da saúde em Portugal, duplicaram a despesa em 10 anos. Grandes dirigentes. Grande falência.
Voltaremos mais tarde, ao documento publicado pelo Observatório.