Após a falência da nação, não há outra hipótese. Até porque, desenganem-se aqueles que acreditam no linguajar dos políticos do poder e da oposição. Nenhuma falência se resolve em poucos anos. O estado comatoso da nação vai demorar gerações.
Sendo assim, só resta trabalhar o mesmo, por menos dinheiro: Os hospitais-empresa (EPE) vão perder pelo menos 160 milhões de euros de
financiamento no próximo ano. A transferência do Orçamento do Estado para estas
unidades de saúde será - e de acordo com as últimas previsões do ministério
tutelado por Paulo Macedo - de quatro mil milhões de euros em 2014. Para o ano
seguinte a dotação dos hospitais deverá manter-se e só em 2016 está previsto um
aumento ligeiro do financiamento, em 24 milhões de euros.
Naturalmente que quem irá pagar esta factura, serão em primeira instância os utilizadores dos hospitais, vulgo doentes. Pois, quem por lá trabalha, provavelmente não vai gostar da situação e vai trabalhar menos. Ou se quisermos, vai ser menos eficiente. O ciclo que deveria ser virtuoso, vai ser vicioso. Os portugueses foram historicamente um povo ingénuo. A ingenuidade não tem que ser má, mas tem sempre um preço a pagar.