Regressado de onde nunca saiu. João Cordeiro. Ex-Presidente da Associação Nacional de Farmácias. Reeleito Presidente da Associação Nacional de Farmácias. Quem fez das farmácias algo mais do que lojas de bairro, não consegue arranjar quem o substitua. Nos Sindicatos, nos Partidos, nas Confederações patronais, é a mesma coisa, eternizam-se no poder, não sabem criar sucessores. Gostam muito do poder.
Apesar de ser co-responsável pela situação, vem lamber as feridas em público: cerca de 1900 farmácias encontram-se hoje em situação económica “dramática” e se nada for feito para inverter a situação, o problema irá atingir, no final de 2012, 2400 farmácias, afirmou esta quarta-feira João Cordeiro que, mais uma vez, tomou posse como presidente da direcção da Associação Nacional das Farmácias (ANF), escreve o Correio da Manhã.
João Cordeiro sabe que usufruiu de vantagens conquistadas na mesa dos sucessivos dirigentes do Ministério da Saúde, como sejam, a contingentação do mercado, as margens de lucro garantidas ou os acordos especiais de pagamento do Estado. Ainda assim, julga que ainda consegue condicionar a mesa: João Cordeiro apontou a consecutiva redução do preço dos medicamentos desde 2005, o adiamento de reformas estruturas e a "instrumentalização partidária da saúde e do medicamento".
Habitue-se, Dr. João Cordeiro. As vantagens conseguidas por vias administrativas, ou seja à mesa do Orçamento de Estado, acabaram. De vez.