A política raramente é séria. Goste-se ou não, lembramo-nos de Franklin Roosevelt, de Winston Churchill, de John F. Kennedy. Marcaram as suas épocas. Não disseram só verdades, mas foram frontais, corajosos e consistentes.
Isto é uma mistificação ou se quisermos uma completa falácia, vindo de quem vem: José Sócrates, acusou o PSD de pretender «destruir o Serviço Nacional de Saúde» (SNS) com as suas propostas para o sector.
E porquê? Porque o SNS, tal como foi originalmente criado, já não existe. O SNS custa cada vez mais aos cidadãos. O SNS não oferece aos cidadãos: estomatologia, oftalmologia e outras especialidades, a não ser em situações muito pontuais e com longas listas de espera.
Os medicamentos são cada vez mais caros. As taxas moderadoras serão cada vez mais caras. E perante isto, o ainda Primeiro Ministro vem dizer que defende o SNS? Embustes. Falácias.
Salvo se o ainda Primeiro Ministro se estiver a referir aos que não pagam IRS (estimados em cerca de 40% dos portugueses), e que não pagam quase nada. Mas, ainda assim, estes que não pagam IRS, estão a pagar cada vez mais os medicamentos, e continuam na sua grande maioria sem acesso à utilização de especialidades médicas várias, e a próteses, etc.
Política não é sinónimo de verdade. Mas, a falácia e o embuste cansam e causam náusea.
O SNS só é tendencialmente gratuito (mecanismo mistificador colocado na Constituição da República), para muito poucos portugueses. E com o memorandum of understating, estabelecido com a famosíssima Tróika, o SNS vai ser tendencialmente a pagar para todos os cidadãos que têm rendimentos, ainda que ganhem os famosíssimos 500 euros mensais.