A ADSE é o sistema de saúde dos funcionários públicos portugueses, a que curiosamente os contribuintes não podem aceder.
Para alguns, a ADSE é um sorvedouro de dinheiro suportado pelos funcionários públicos e na sua grande parte pelos contribuintes. Para outros, a ADSE é um exemplo do que pode/deve ser um sistema de saúde complementar, atendendo a que o SNS não serve em acesso e qualidade, a todos os portugueses.
Vá-se lá saber porquê, Teixeira dos Santos é um dos paladinos da ADSE: O ministro das Finanças garantiu hoje que a ADSE tem cumprido as suas obrigações com o Serviço Nacional de Saúde, rejeitando a ideia de que a assistência social dos funcionários do Estado contribua para aumentar as dívidas dos hospitais.
Os que pretensamente defendem o SNS são contra este tipo de ajudas a sub-sistemas, do género da ADSE, ou dos sistemas de saúde do Ministério da Justiça ou das Forças Armadas e das forças militarizadas.
Estamos claramente à beira da ruptura, se não, não assistíamos a estas lutas intestinas entre gente que pretensamente pertence ao mesmo "corpo de idéias". Virá a ruptura em 2011? Ou Portugal, país de Fátima, escapará a uma nova ruptura?
E, sabe-se lá porquê, Teixeira dos Santos vem sinalizar a Dra. Ana Jorge:
- O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considerou hoje que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem pela frente um grande desafio que "exige melhorias na sua gestão" e no "cumprimento dos prazos de pagamento" aos fornecedores.
- Questionado em Hong Kong sobre a situação financeira do SNS, que no primeiro semestre aumentou em 12% os gastos com medicamentos nas farmácias e teve um desequilíbrio financeiro de mais de 100 milhões de euros no mesmo período, Teixeira dos Santos afirmou que as "melhorias na gestão" devem ser exigidas a quem tem a responsabilidade de gerir o sistema.