Se cá nevasse fazia-se cá ski! Mas, não. Aqui não há neve, há incompetência, sucessiva e sem consequências punitivas.
1. Os hospitais públicos vão ser obrigados a pagar juros de oito por cento pelo atraso com que pagam os medicamentos, disse à Lusa uma fonte oficial da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma). A decisão foi tomada por unanimidade na assembleia geral da Apifarma, que terminou segunda feira à noite, e obriga, face aos últimos valores em dívida, ao pagamento de cerca de 50 milhões de euros para compensar os 551 milhões que os hospitais devem às farmacêuticas há mais de 90 dias, num total que ultrapassava, em maio, os 850 milhões.
2. Os administradores hospitalares consideram «legítima e legal» a cobrança de juros de 8% que a indústria farmacêutica pretende impor aos hospitais, mas apelam ao Ministério da Saúde que intervenha para evitar esta situação. O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), Pedro Lopes, considerou que a medida da cobrança de juros é «perfeitamente legítima e legal», apesar de ser «extremamente gravosa para os hospitais». Não é a primeira vez que «situações dessas acontecem e até este momento os representantes da indústria sempre tiveram com o Ministério [da Saúde] uma atitude de negociação que implicou que nunca viessem a lançar mão desta medida, perfeitamente legítima e legal, que é a cobrança de juros», comentou.
Ai, ai, dizem os Senhores Administradores Hospitalares, como se de meninos se tratassem, a chamar pela mãezinha, porque vinha aí o lobo mau!
Pena é, que não sejam os autores de tal má gestão, a pagarem em exclusivo a mesma. Mas não, quem pagará, com 8% de juros, ou de outra forma (mais indelével), serão os contribuintes, através de uma cavalgada de impostos imparável.
Portugal há-de mudar. Esperemos é que seja ainda antes de vir a perder a sua Independência.