Sunday, March 21, 2010

SUCH: such a turmoil

O SUCH é uma espécie de central de compras do Estado e de mais alguns, vocacionada para o sector da saúde. Nunca exerceu realmente as funções para que foi criado. Parece que serve para consumir muito dinheiro aos contribuintes. Mesmo assim, parece que está falido: Dívidas do SUCH acumulam-se apesar da venda de património e dos empréstimos.

Mas, em Portugal, país dos milagres de Fátima e dos fenómenos do Entroncamento, o que está falido (tem o encosto do Estado), pode dar milhões a uns quantos: Administradores ganham mais do que a ministra da Saúde.

Coitados dos contribuintes portugueses, que ainda estão entretidos com a boa época do SLB! Quando perceberem o que significa Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), será tarde de mais.

Mas, vejamos esta balda à custa dos que ainda pagam impostos e trabalham:

1. Apesar do risco financeiro, em resposta ao i o SUCH não desmentiu os prémios de milhares de euros a alguns dirigentes "na ordem de milhares de euros" nem a compra dos carros topo de gama, escudando-se nas políticas de "gestão de desempenho" e de "atribuição de viaturas" que visam "a redução de custos". Em 2008 a empresa acumulava um passivo de 57,3 milhões de euros e a tendência de agravamento das contas continuou em 2009.

2. Para tentar evitar a ruptura financeira, a associação já vendeu três imóveis e exigiu dos associados o pagamento de quotas extraordinárias, estando ainda a recorrer a “financiamento bancário para a realização de investimentos”.

3. O Tribunal de Contas chumbou os contratos que o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) assinou com as administrações regionais de saúde do Centro e do Norte, argumentando que não podem ser feitos por adjudicação direta.

4. No recurso enviado para o Tribunal de Contas, a que a agência Lusa teve acesso, o SUCH defende que a relação entre as ARS do Centro e do Norte não configuram uma relação comercial normal, uma vez que as entidades são associadas do SUCH e, por isso, existe uma contratação in house, uma figura prevista no novo Código de Contratação Pública.

Ainda há quem pense que a situação económica e financeira de Portugal é grave! Para quem vive inserido nas teias do poder político-financeiro, Portugal é um mar de rosas.