A despesa com a saúde aumenta em todo o mundo. Portugal não é excepção. Mas, como tudo na vida, vai chegar um dia em que os cidadãos vão ter que escolher entre ter saúde ou comer! Porquê? Porque o caminho dos EUA não é caminho. Porquê? Porque gastar quase 20% do PIB em saúde, e ter uma saúde em que se excluem dezenas de milhões de cidadãos, só pode significar o seguinte: as corporações da saúde exploram o filão dos hiponcondríacos, de forma desmesurada. E os hipocondríacos vão ter que escolher entre pagar uma "panaceia" ou comer!
Tudo isto a propósito do aparente sucesso deste negócio público-público: Em 2009, a HPP Saúde registou um proveito operacional de 144 milhões de euros, mais 129% que em 2008, impulsionado pelo início do contrato de gestão do Hospital de Cascais em Janeiro do ano passado e pela actividade dos hospitais da Boavista, no Porto, e dos Lusíadas, que deverá atingir o break-even este ano.
Chamamos-lhe "público-público", uma vez que a HPP é detida pela CGD, que é por sua vez detida a 100% pelo Estado. A não ser que a HPP siga o caminho da Caixa - Seguros, ou seja venha a ser privatizada, tal como planeado no PEC.
No entanto, a HPP Saúde ainda não viu a côr do dinheiro: A empresa registou um prejuízo de 10,9 milhões de euros em 2009.