Thursday, September 24, 2009

Retrocessos?

Já não ouvíamos falar nisto há muitos anos: No domínio das doenças psiquiátricas, a equipa de Fernando Gomes, director do Serviço de Neurocirurgia dos Hospitais Universitários de Coimbra, foi a primeira (e a até agora a única no país) a avançar com esta abordagem, que implica a colocação de eléctrodos no cérebro para tratar obsessivos-compulsivos.

Não temos conhecimento suficiente sobre a matéria, mas estranhamos que aquilo que há uma década era considerado desumano, agora é adequado: “Os choques eléctricos (electroconvulsivoterapia) nunca foram abandonados em psiquiatria, sofreram é uma grande evolução e hoje apenas são usados em casos muito específicos, ao contrário do que sucedia no passado”, garante o presidente do colégio de psiquiatria da Ordem dos Médicos, Marques Teixeira.

O que estranhamos ainda mais, é isto: A electroconvulsivoterapia é actualmente feita com o consentimento informado do doente ou de familiares e com anestesia geral.

Agora, um doente mental pode ser fonte de credibilização de um tratamento, com base na assinatura de um qualquer documento? Como? Um doente mental digere e assina um documento que implica o seu tratamento?