É em alturas como estas, que os cidadãos têm que forçar a nota de que existem. As pessoas não são farrapos fácilmente substituíveis. Os seres humanos não são descartáveis, nem carne para canhão. Ou a questão dos "direitos humanos" só serve para bandeira política?
Isto não é aceitável: Monteiro Grillo diz que é muito complicado fazer algum prognóstico. A razão para esta reserva é o desconhecimento do produto que foi usado nas injecções intraoculares.
Como é que o produto introduzido nos doentes é desconhecido? Desconhecido, como? Não saberão as pessoas, o produto que lá colocaram? Quantas pessoas mexem no produto antes da cirurgia? Um farmacêutico que prepara, um médico e mais um enfermeiro. Três pessoas? Quatro pessoas? Será que estas três ou quatro pessoas são assim tantas, que não sabem o que fazem?
E de entre, estas três ou quatros pessoas, não é possível de saber, quem foi desleixado? Ou quem foi distraído? Ou quem foi incompetente? Ou quem cometeu um erro?
O que se pretende, fazer dos cidadãos tontos? Ou a teoria do "crime" é para ser levada a sério? Mas, "crime", porquê? Qual o motivo de realizar tal "crime"? Brincadeira? Divertimento?
Até porque, convenhamos, estamos a falar disto: O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a unidade onde no passado dia 17 seis doentes foram sujeitos a uma pequena cirurgia oftálmica na sequência da qual perderam a visão.
Tal como Jesus, "eles não sabem o que fazem"!