Nos EUA, durante décadas, dizia-se que "se a General Motors vai mal, a América também vai mal", tal a importância de tal empresa (hoje, que a General Motors está em processo de recuperação da falência, talvez a América vá mal!).
Em Portugal, a CGD foi sempre vista como o "pulmão" do Estado português. Aliás, após as desnacionalizações, a CGD é o braço do Estado para muitos investimentos deste. Nos tempos mais recentes, a CGD esteve relacionada com financiamentos mais ou menos cinzentos à aquisição de acções do BCP (nomeadamente do Sr. Manuel Fino), e está sempre relacionada com alguns negócios mais indigestos para o Estado português.
No sector da saúde, onde a CGD quis entrar, sabe-se lá porquê (talvez a moda do BES, BPN e outros quererem lá entrar), a Caixa não anda por bons lençóis e até já perdeu parceiros: A Caixa Geral de Depósitos desfez a parceria que tinha com o grupo hospitalar espanhol USP Hospitales, ao vender os 10% que detinha no seu capital social. A CGD, através da Caixa Seguros e Saúde, readquiriu os 25% do capital social dos Hospitais Privados de Portugal.
Depois, falta-lhes os recursos humanos, embora não lhes falte, por ora, dinheiro: A edição desta sexta-feira do semanário Sol avança o exemplo da empresa privada da Caixa Geral de Depósitos, a HPP Saúde, que está a gerir o Hospital de Cascais, a qual contratou recentemente uma equipa com quatro médicos do hospital Pulido Valente, abrindo um verdadeiro «buraco» na estrutura clínica deste hospital público. Os ordenados-base oferecidos a estes clínicos rondam os cinco mil euros líquidos.
Numa altura em que o Senhor Presidente da República apela à transparência e ao rigor, até parece que a velha Caixa nem é portuguesa!